quinta-feira, 10 de março de 2011

Os mais ricos do mundo

 
Não costumo abordar temas religiosos aqui neste Blog e tenho me limitado a falar de finanças, principalmente as pessoais.  Mas hoje a imprensa publicou a lista dos mais ricos no mundo e, como cristão, quero ligar os dois temas.

Eis a lista dos 10 mais ricos no mundo publicado nesta quarta-feira, dia 09 de março, pela Revista Forbes e comentada em toda a imprensa nacional:

O que me chama atenção nesta lista não é o nome das pessoas, quantos brasileiros, o valor da fortuna, o Bill Gates que perdeu o posto para o mexicano, que conseguiu adicionar à sua fortuna USD 20,5 bilhões neste ano, o número crescente de bilionários dos países emergentes, como a Índia, China, Rússia, ou mesmo o nome do brasileiro Eike Batista na oitava posição.
 
O que me veio à mente quando escutei a notícia em primeira mão pela CBN, foi a parábola que Jesus contou e relatada no capítulo 12 do evangelho de Lucas que, se me permitem, vou transcrevê-la aqui:
 Então lhes disse: "Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens". Então lhes contou esta parábola:
"A terra de certo homem rico produziu muito bem. Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’. "Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’. "Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? ’ "Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus".
Então fiquei com a pergunta: se meu destino é o túmulo, para que juntar toda essa fortuna? Não sou contra ter dinheiro para viver uma vida confortável e trabalho para isso. Pelo contrário, dou aulas sobre como sair de dívidas, como planejar o orçamento doméstico para fazer sobrar dinheiro e, consequentemente, como investir melhor esta sobra.

Entretanto, nossa confiança não pode ficar apenas no dinheiro, pois acabamos sendo escravos dele e deixamos de ter uma vida mais agradável, como a família, amigos, etc. Acaba que nova vida acontece em função do dinheiro.

No mesmo evangelho de Lucas, na sequencia do texto, Jesus dá o caminho para uma vida tranquila, não confiando no dinheiro, mas naquele que é Senhor do mundo. Veja o texto:
E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis. Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que as vestes. Considerai os corvos, que nem semeiam, nem segam, nem têm despensa nem celeiro, e Deus os alimenta; quanto mais valeis vós do que as aves? E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura? Pois, se nem ainda podeis as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?
Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. E, se Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Porque as nações do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino. Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.
O Bill Gates perdeu a posição de primeiro no ranking porque fez parte do que Jesus recomenda no texto acima: doou cerca de USD 20 bilhões para caridade. Existem outros bilionarios que também estão fazendo isso. Quem sabe se esses caras passam a confiar em Deus e dividem um pouco em obras sociais de peso, que invistam em sustentabilidade, como desenvolvimento pessoal, educação e saúde das pessoas, meio ambiente, e outras coisa que temos necessidade neste mundo.

Assunto para pensar!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Capitalização da Petrobrás

A Caixa Econômica Federal publicou hoje no Diário Oficial da União a Circular nº 526 com as regras de capitalização da Petrobrás. Os investidores que tenha um fundo de investimentos em ações da Petrobras específico para FGTS (FMP-FGTS) devem procurar a agência da CEF em que fizeram a aplicação, munido com um extrato da conta do fundo e formalizar sua solicitação.

O investidor tem entre os dias 13 e 16 de setembro para manifestar o interesse em participar da oferta pública e a quantia está limitada ao tamanho da participação que já tem do capital da Petrobrás, além da limitação de 30% do saldo depositado na conta do FGTS. Os recursos investidos da conta do FGTS ficarão bloqueados por um período de 12 meses e só após este prazo poderão ser resgatados.

Como será a capitalização da Petrobrás*:

Os que optaram por utilizar os recursos do FGTS na última oportunidade e não resgataram, fizeram um bom investimento (veja quanto rendeu procurando "FGTS" nos Marcadores). Estes não devem perder o prazo, pois embora haja previsão de grande volatilidade, a tendência é que a rentabilidade será muito boa nos próximos anos. Como o mercado de ações, para quem não é especulador, é investimento de longo prazo, os 12 meses de carência não devem inibir o investidor.  Pelo contrário, é um horizonte razoável para proporcionar uma rentabilidade superior ao rendimento de 3% ao ano do FGTS.

Ficar atendo às notícias é muito importante. Vou manter a informação do andamento do processo pelo Twitter. Se desejar informações atualizada siga-me em @CiroAimbire.

(*) Fonte da imagem: http://bit.ly/ah9cRg

sábado, 31 de julho de 2010

Quanto ainda devo?

Algumas vezes fui procurado por pessoas que desejam quitar uma dívida antes do vencimento da última parcela. A pergunta é sempre a mesma: quanto ainda devo?

Vou dar um exemplo para entender melhor o problema: um financiamento de um automóvel no valor de R$ 30.000,00, com entrada de 20% do valor (R$ 6.000,00) em 24 parcelas mensais e fixas. Neste caso, o valor financiado será R$ 24.000,00 e a prestação seria R$ 1.341,91, considerando uma taxa de 2,5% ao mês. Supondo que quem financiou o veículo decidiu quitar após o pagamento da 14ª parcela. Qual o valor a pagar para a financeira para poder liberar o veículo?

Para entender um pouco, de maneira bem simples, a matemática financeira calcula a prestação (PMT) levando em consideração o valor a ser financiado (VP), número de parcelas (n) e taxa de juros (i). A fórmula matemática para o cálculo da prestação é esta:
Contudo, não há necessidade de conhecer a matemática a fundo, pois as calculadoras financeiras e as planilhas de cálculo fazem esta tarefa de maneira bem fácil e nos dá o valor correto da prestação a pagar mensalmente.
No caso do nosso exemplo, no valor da prestação estão incluídos os juros e a parcela de amortização do valor tomado emprestado. Assim, se multiplicar o valor da prestação pelo número de parcelas, teríamos que o total a ser pago é R$ 32.205,84, que se subtairmos o valor do empréstimo, teríamos que R$ 8.205,84 refere-se a juros e o restante amortização do principal.
A matemática financeira estuda este assunto como sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos. Para isso existem alguns sistemas bem conhecidos, como o SAC (Sistema de Amortização Constante), utilizado nos financiamentos imobiliários, e o SAF (Sistema de Amortização Francês), amplamente adotado no mercado financeiro do Brasil. Neste sistema, as prestações são iguais e sucessivas e o valor da amortização vai aumentando à medida em que se vai amortizando a dívida mediante a quitação das prestações. Resumindo, os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes, e a amortização da dívida é crescente.
Retornando ao nosso exemplo, a dívida do financiamento do veículo após a quitação da 14ª prestação, estaria em R$ 10,696,17 e este seria o valor de quitação junto a financeira para liquidação do empréstimo e liberaçao do veículo. Convém lembrar que a financeira poderia cobrar um4wa pequena taxa de quebra de contrato, mas não de valor muito elevado, pois esta taxa é regulada pelo Banco Central.
Para entender melhor o sistema de amortização, estou disponibilizando uma planilha com a Tabela Price, que calcula pelo SAF, na seção de Download na minha página na Internet (www.aimbire.adm.br) com o exemplo acima. O leitor verá que a prestação é constante, mas os juros decrescem à medida que o saldo devedor vai sendo amortizado. Como na parcela está incluído juros e amortização, o valor mensal desta amortização vai crescendo.
A planilha está dividida em duas: uma considera a taxa de juros e calcula o valor da prestação. Outra considera o valor da prestação e calcula a taxa de juros. Os valores podem ser alterados e você poderá verificar as informações no seu contrato de financiamento e calcular quanto ainda deve, a taxa de juros, etc. Espero que ajude no planejamento da sua vida financeira.

terça-feira, 15 de junho de 2010

711,14% X 63,96%



Em 2000 o governo abriu a possibilidade para os trabalhadores adquirirem ações da Petrobrás com o dinheiro depositado na conta do FGTS. Na verdade, a operação não implicava desembolso, mas de trocar uma aplicação que rende líquido e certo 3% a.a. por uma aplicação de maior risco. Afinal, o valor depositado era seu fundo de garantia em caso de demissão ou outra necessidade. Também, na ocasião, havia uma carência de 2 anos para quem fizesse a operação, ou seja, o valor investido em ações não poderia ser resgatado antes do tempo.

Isso deixou muitos trabalhadores inseguros, afinal estariam assumindo um risco maior e com a liquidez limitada. Adicionando uma falta de cultura de investimento em ações, apenas 317 mil trabalhadores usaram o saldo do FGTS para a aquisição dos papéis, resultando em um investimento 46% do total ofertado.

Desses 317 mil, apenas 95 mil ainda possuem os papéis e, supondo que na época tivessem aplicado R$ 1.000,00 em papéis da Petrobrás, já ganharam R$ 7.111,40, ao passo que os que deixaram o dinheiro nas contas do FGTS ganharam apenas R$ 639,60. Isto representa um ganho adicional de R$ 6.471,80 nesses 10 anos.

Vale a pena a gente pensar um pouco em dois pontos importantes: o primeiro está relacionado ao investimento em ações. Para quem não lida todos os dias no mercado financeiro, pensar em comprar papéis de empresas de primeira linha com vistas no longo prazo sempre foi um bom negócio. Assume-se risco maior, mas história nos diz que ainda é negócio quando pensamos em investimentos de longo prazo.

O segundo ponto, é que quem comprou ações em 2000, poderá participar do processo de capitalização da Petrobrás para exploração da camada do pré-sal, com até 30% do saldo do FGTS. O investidor deve estar atendo, pois quando for divulgado lançamento da capitalização, o processo implicará que o interessado deverá se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal e assinar sua opção.

Quem não comprou ainda resta uma esperança: há um projeto de lei do senador Paulo Paim para permitir que todos os trabalhadores utilizem 10% do saldo da conta do FGTS neste processo de capitalização. O projeto está tramitando na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e, se aprovado, seguirá para a Comissão de Infraestrutura da casa, onde será votado em caráter terminativo. Depois seguirá para a Câmara dos Deputados e para a avaliação do presidente da República.

Fique atento e diga a seu deputado que tem interesse na aprovação do projeto.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Telebrás: você pode ter dinheiro e não sabe


As ações da Telebrás subiram cerca de 35.000% desde 2003. Se você achou que errei na quantidade de zeros, esqueça. É isso mesmo.
Para quem não se lembra (ou não sabe), antigamente as pessoas compravam a linha telefônica e muitas vezes esperavam anos para que ela fosse instalada. Eram os tais planos de expansão que as companhias telefônicas lançavam. Normalmente se pagava parcelado em 36 meses e uns dois anos depois que já haviam quitado os telefones, as companhias iam chamando os felizardos que adquiriam suas linhas para instalação. Diante da falta de disponibilidade deste serviço, havia um comércio paralelo de linhas telefônicas e muita gente ganhou dinheiro com isso. É a Lei da Oferta e Procura funcionando, pois diante da oferta restrita, quem tinha disponibilidade comprava e revendia com algum lucro. Foi um período em que investir em linha telefônica era um bom negócio.
Nesta época, aqueles que adquiriam suas linhas através de planos de expansão, também compravam (muitas vezes sem saber) ações da Telebrás. Ou seja, no pagamento das parcelas estava embutido o valor das ações que eram adquiridas sem que o interessado soubesse, pois na ocasião ele pensava apenas na nova linha de telefone que utilizaria ou comercializaria.
Veio a privatização e com ela a abundância de operadoras e disponibilidades de linhas que conhecemos e acompanhamos pela oferta que todas elas nos fazem diariamente, principalmente com o advento da portabilidade. Muita gente que possuia ações da Telebrás vendeu suas posições e ganhou algum dinheiro.
Entretanto, ainda existem pessoas que desconhecem que são acionistas da empresa e que podem ter algum dinheiro sem saber. Se você ou algum parente próximo (pai, avô, por exemplo) adquiriu a linha telefônica a partir de algum plano de expansão, convém dar uma verificada se essas ações não foram vendidas. Muita gente vendeu a linha telefonica naquela época, mas não vendeu as ações. Por isso, convém verificar se tem alguma coisa por lá e, desta forma, apareceu um dinheirinho extra. Já pensou em uma pequena herança que você nunca recebeu. Ela pode estar lá, esperando por você.
Para isso, você deve ir a uma agência do Banco ABN Anro Real, que é o custodiante, munido do CPF e documento de identidade (seu do do seu parente), e solicitar a consulta. O processo é rápido (depois que conseguir ser atendido, é claro) e fácil. Para saber um pouco mais, disponibilizei na seção Vídeos do InfoMoney, à direita neste blog, uma entrevista com a analista da SLW Corretora, Rosângela Ribeiro, que explica direitinho este assunto.
Boa sorte!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pagamento a vista com desconto ou parcelado?


Nas compras, em geral, a oferta de pagamento parcelado é um chamariz que o lojista oferece ao consumidor e, também, a armadilha para pegar aqueles consumistas que não podem perder uma boa oferta. A facilidade de pagamento e a forma encontrada para aumentar as vendas das empresas. Assim, você compra em 1 + 3 no cheque, 10 vezes sem acréscimo no cartão, etc.

O que devemos sempre perguntar é qual o desconto que você pode conseguir se pagar a vista. Muitas vezes o vendedor fala em 5% de desconto e você faz uma conta rápida e vê que o valor é pequeno e não vale a pena. Além disso, ao parcelar o pagamento, tenho um desembolso relativamente pequeno e melhor para meu caixa.

Para melhor entender o processo, vamos imaginar uma compra no valor de R$ 250,00 onde a oferta é para pagamento em 1 + 3 com cheque. Se você pagar a vista, o lojista oferece 5% de desconto. Utilizando uma calculadora financeira, chegamos à conclusão que o pagamento parcelado implica em uma taxa de 3,53% ao mês ou 51,64% ao ano. Um outro exemplo é a compra de um bem de maior valor, onde as lojas oferecem até 10 parcelas sem juros para pagamento. Contudo, se você conversar bem com o vendedor, ele pode oferecer um desconto de 15% sobre o preço do produto para pagar a vista ou mesmo em 1 parcela no seu cartão de crédito. Neste caso, calculando a taxa de juros, vemos que a taxa mensal não é muito melhor que o exemplo anterior: 3,07% ou 43,74% ao ano.

Estas taxas são muito altas se compararmos com a Taxa Selic (hoje 8,75% ao ano), a rentabilidade da Caderneta de Poupança (hoje pouco mais de 6% ao ano) ou mesmo um Fundo de Renda Fixa (que anda por volta dos 8% ao ano, dependendo do fundo). Contudo, como saber se vale a pena comprar parcelado conhecendo esta taxa? A resposta está na comparação com outras taxas. Se você tem dinheiro aplicado na Caderneta de Poupança, melhor aproveitar o desconto e pagar a vista retirando o valor da poupança. Com um pouco de disciplina você vai repondo o valor da parcela a cada mês e, neste caso, vai ganhar juros ao invés de pagar juros.

Entretanto, se você está endividado algumas considerações devem ser feitas:

  • Será que realmente eu tenho necessidade daquilo que eu quero? Esta pergunta vai ajudá-lo a reduzir seu endividamento. Se for possível adiar a compra, o melhor é utilizar o valor da parcela para reduzir suas dívidas; principalmente em cheque especial ou cartão de crédito, já que essas modalidades de crédito sempre estão com taxa superior a 8% ao mês;
  • Se não tenho outra alternativa e preciso realmente efetuar aquela compra, mesmo sem dinheiro para pagar a vista, você deve comparar qual taxa é melhor. Às vezes podem existir outras formas de tomar dinheiro com taxas menores. Daí, consultar seu banco ou mesmo um parente ou amigo que esteja com dinheiro na poupança. Se ele tem dinheiro aplicado a 0,5% ao mês, quem sabe você paga 1%, por exemplo, e ambos saem ganhando. Só não esqueça de cumprir seu compromisso para manter seu crédido sempre aberto.

Como sei que muitos não sabem como calcular a taxa de juros, disponibilizei uma planilha para o cálculo da taxa de juros na seção "Download" na minha página na Internet: http://www.aimbire.adm.br/.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Compras no supermercado: perigo para os bolsos!


Os supermercados estão presentes em nossa vida e fazem parte da nossa rotina. Afinal, todas as compras de alimentos, materiais de higiene e limpeza, bebidas e tantos outros produtos que necessitamos estão dispostos nas prateleiras, nos esperando para serem adquiridos e consumidos. Até os pequenos "armazém do seu Zé", que sempre tem perto da nossa casa para aquelas pequenas necessidades de última hora, já tomaram a forma de supermercados. Acabou-se o balcão, onde o vendedor ficava de um lado e o comprador de outro. O cliente entrava, se aproximava do balção e o vendedor lhe atendia e era ele quem se dirigia às prateleiras para buscar o produto desejado.

Esta forma de venda foi se desenvolvendo e os supermercados hoje se transformaram em lojas onde é possivel encontrar de tudo: além dos alimentos, eletrodomésticos, vestuário, louças, produtos para automóveis, materiais para pequenas reformas e tantas outras coisas. Alguns supermercados construiram um shopping center para atender outras necessidades, como bancos, praça de alimentação, lavação de veículos, pet shops, etc. ou outros shoppings centers sempre tem um supermercado como atrativo para as suas lojas.

O que quero colocar neste texto é que essa imensidão de produtos ofertados nos leva aos olhos produtos que estavam fora do nosso objetivo de compra ao ir ao supermercado, mas que, geralmente, nos fazem gastar mais do que pretendíamos ou mesmo que necessitávamos. Os produtos nas gôndolas (prateleiras) estão expostos de forma a facilitar nossa compra pela visibilidade, que nos ajuda encontrar os produtos que necessitamos, como também como uma oferta, como que suplicando: compre, compre, compre! Empresas disputam espaços nos supermercados, como as pontas de gôndolas, por exemplo. Isto porque você pode não entrar naquele corredor, mas vai passar pela frente dele e ver o produto com o grande cartaz escrito "OFERTA".

Você verá que os produtos de primeira necessidade estão sempre ao fundo da loja, como a padaria, açougue, etc. Isto faz com que você passe por diversos corredores e prateleiras antes de chegar a eles. Uma outra armadilha são produtos menores que estão perto do caixa, como balas, revistas, etc.

Neste sentido, seguem abaixo algumas dicas quando for às comprar no seu supermercado preferido:
  1. Não vá ao supermercado com fome. Isto o levará a comprar mais alimentos que a sua necessidade. A aparência dos bolos, pães e até mesmo as embalagens dos produtos o fará comprar além do que realmente necessita;
  2. Deixe as crianças em casa nas compras. Elas influenciam as decisões. Se você verificar bem, os produtos que atraem as crianças estão sempre na parte de baixo das prateleiras;
  3. Não ceda às tentações levadas pelas promoções. Verifique se realmente existe a necessidade daquele produto e se o preço realmente é uma promoção;
  4. Tenha sempre em mãos uma calculadora. Ela ajuda a calcular o preço unitário dos produtos. Por exemplo: O que é melhor: uma garrafa de coca-cola de 2,5 litros que custa R$ 3,20 ou uma garrafa de 2 litros que custa R$ 2,80? O cálculo é simples: divide-se R$ 3,20 por 2,5 litros e temos que o preço do litro, neste caso é de R$ 1,28. No outro caso, divide-se R$ 2,80 por 2 litros e temos que o litro custa R$ 1,40, ou seja, mais caro que a primeira opção. O que temos que ver se vou realmente vamos consumir 2,5 litros de coca-cola, pois comprar apenas porque é mais barato não tem sentido;
  5. Faça compras maiores e diminua a frequencia das idas ao supermercado. Quanto mais vezes você for ao supermercado maiores são as chances de levar produtos por impulso;
  6. Faça uma lista de compras. Elas ajudam a manter o foco e não comprar coisas desnecessárias.

Finalmente, fazer as compras com calma favorece a comparação preços e, consequentemente, maior poupança.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Novas cédulas do Real

O Governo lançou ontem as novas cédulas do Real. A circulação da nova cédula deve iniciar neste ano pelas notas mais altas (R$ 100,00 e R$ 50,00) e, aos poucos, vão substituir as atuais. Não há necessidade de fazer nada para substituir as que estão na sua carteira, pois o Banco Central vai colocar em circulação à medida que vai retirando as que não tem mais condições de uso.

O que me leva a fazer este comentário a respeito da notícia são, basicamente, dois pontos: o primeiro relacionado ao governo, que parece que quer deixar sua marca. Não sei quanto foi investido no desenvolvimento desta nova cédula, mas sei que a Casa da Moeda do Brasil iniciou o projeto em 2003. Só imagino a quantidade de pessoas envolvidas e o dinheiro desembolsado nesses 7 anos para lançar uma nova cédula do real. Certamente o novo formato vai ajudar a vida dos deficientes visuais, mas não sei se justifica tal gasto, já que estamos com a mesma cédula há anos e estamos nos virando muito bem com ela. Se compararmos com a moeda americana, que circula no mundo inteiro, há muito tempo mantém o mesmo formato, alterando apenas a face do homenageado.

O segundo ponto refere-se à diferenciação de tamanho das cédulas. Quem andou pela Europa nos últimos anos sabe o que é isso, pois as cédulas do Euro tem tamanhos diferentes. O complicador é o tamanho da carteira com as cédulas de maior valor. Pelas fotos publicadas não é possível ver se a altura da cédula será maior que as atuais. Se for o caso, vamos ter que adaptar nossas carteiras e modo de quardar o dinheiro. Atualmente guardo tudo em um moedeiro e espero poder continuar mantendo meu sistema, já que não gosto muito de andar com carteiras fazendo volume nos bolsos ou tendo que carregar na mão.

É isso aí! O ser humano tem uma capacidade imensa de adaptação e vamos ter que nos adaptar a esta nova forma.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Excelente época para ensinar as crianças

Nesta época do ano, pais estão às voltas com a aquisição de material escolar. Os filhos sempre os acompanham nesta jornada e muitas vezes perdemos a oportunidade de ensiná-los como tratar o dinheiro. O impulso consumista pode ser identificado desde a infância e os produtos oferecidos nas papelarias atraem as crianças, afinal, existe a borracha da Barby, o lápis do SuperMan, o caderno deste ou daquele personagem. Logicamente, o licenciamento destas marcas custam caro e são repassados aos preços dos produtos e conter o desejo das crianças torna-se um desafio aos pais.

Segundo Marília Cardoso, uma das autoras do livro “Você sabe lidar com o seu dinheiro? Da infância à velhice”, “Os pais têm a missão de mostrar que o dinheiro não cai do céu nem brota em árvores, lição que resolve dois problemas de uma única vez: primeiro porque justifica as saídas diárias para o trabalho, segundo, forma cidadãos conscientes do seu consumo”. Neste sentido, os pais devem aproveitar a ocasião para ensinar limites e a diferença entre necessitar e desejar. A pergunta que deve ser feita é sempre a mesma: será que eu realmente preciso daquilo que estou desejando?

A autora passa algumas dicas importantes para serem repassadas às crianças:
  • Reforce que as moedas e cédulas precisam ser bem conservadas porque, quando danificadas, o governo gasta o nosso dinheiro para repô-las;
  • Mostre que algumas moedas e cédulas valem mais que outras, mas que todas têm valor;
  • Na compra do material escolar, procure distinguir coisas caras das baratas e mostre a diferença do querer e precisar;
  • Ensine a fazer escolhas. Quando a criança quiser dois itens, faça-a escolher apenas um para que aprenda a eleger as suas prioridades;
  • Peça a colaboração dos tios e avós na educação financeira, pois eles podem colocar tudo a perder se derem presentes e dinheiro o tempo todo.
Lembre-se que é nos primeiros passos que passamos ensinamentos para toda a vida.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Bancos já possuem a ferramenta API

API é a sigla de Análise do Perfil do Investidor. É uma ferramenta que os bancos já possuem desde o início deste mês de janeiro para auxiliar o cliente das instituições bancárias a escolher qual é a modalidade de investimento mais adequada ao seu perfil. Investidores que estão iniciando seus investimentos em fundos de ação, multimercados ou de crédito privado estão sendo submetidos ao processo.

Segundo publicado hoje por Tabata Pitol Peres do InfoMoney, as instituições financeiras deverão aplicar um questionário que atenda às seguintes etapas:
  1. Coleta de informações que permita a identificação da situação financeira do investidor, sua experiência em matéria de investimentos e seus objetivos;
  2. Definição de um perfil de investimento para cada cliente;
  3. E a verificação da adequação dos objetivos dos clientes a carteira por eles pretendidas.

Assim, se vai fazer algum investimento, procure o gerente da sua conta e peça o questionário para fazer sua avaliação. Discuta com ele o resultado, pois se desejar fazer uma aplicação diferente da recomentada pela análise, terá que assinar um termo de responsabilidade.