Deu no InfoMoney

Vale: lucro líquido recorde soma R$ 12,4 bilhões no trimestre e supera projeções

O Boletim de Investimentos do InfoMoney de ontem dá a notícia acima, informando que, apesar da crise, a Vale tem lucro recorde. Isso vem confirmar minha posição em outras postagens, aconselhando o pequeno investidor em ações a segurar seus ativos e não vendê-los, apesar da crise que vivemos neste momento.

O especulador tem que conhecer o mercado, porém temos muitos pequenos investidores que apostaram parte das suas economias em um ativo que vinha subindo assustadoramente. Lembro-me que no inicio do ano se falava que no final do ano o IBOVESPA estaria rondando os 80.000 pontos. O que vemos em outubro é 33.000 e ninguém vê boas perspectivas para as próximas semanas (ou meses).

O que desejo reforçar com esta postagem é que, apesar do valor baixo das ações e que algumas empresas anunciaram prejuízos em função de especulação cambial, apostando na valorização do real frente ao dólar, boa parte das empresas brasileiras seguem suas operações normais e que podem gerar ganhos na distribuição de dividendos. Portanto, não é só perda, mas ainda existe uma possibilidade de ganho.

Resta esperar que passe o "sufoco" e que retomemos uma estabilidade no mercado. Confira no link abaixo os resultados da Vale, conforme noticiado no InfoMoney.

http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1413097&path=/investimentos/

Crise de liquidez. Você sabe o que é isso?

Nesta turbulência toda no mercado financeiro mundial, o que está na ordem do dia é esta tal "crise de liquidez" que está tirando o sono de muita gente. Afinal, o que é isso?

Para entender o que é isso, é preciso conhecer um pouco do funcionamento do mercado financeiro. Os bancos trabalham como intermediadores neste mercado, ou seja, captam a poupança das pessoas e das empresas e emprestam esses recursos àqueles tomadores de crédito (as pessoas, as empresas, o governo ou mesmo os próprios bancos) para que tenham condições de quitar suas dívidas ou gerar novos negócios. Eles captam recursos a um determinado preço (taxa de juros) e emprestam a uma taxa maior, ganhando a diferença entre a taxa de captação e a taxa de aplicação. Esta diferença é chamada de spread. Em resumo, os bancos tem o papel de fazer com que o dinheiro circule na economia, gerando investimentos, empregos, riqueza, de uma maneira geral.

Para não haver perdas, os bancos levam a sério a questão risco. Num mercado turbulento como estamos vivenciando, eles ficam receosos que os tomadores não possam pagar sua dívida e reduzem os empréstimos, fazendo com que este fluxo de dinheiro seja interrompido ou reduzido drasticamente.

A crise de liquidez é refletida nas taxas de juros cobradas no mercado interbancário. Os bancos com problemas no fluxo de caixa tomam dinheiro de outros bancos e, neste momento, as taxas estão elevadas, o que demonstra que os recursos estão escassos.

Ontem, para aliviar este mercado o governo tomou uma medida que considero correta, ou seja, injetou dinheiro na economia através da liberação do depósito compultório dos bancos no Banco Central.

Os desdobramentos desta crise e as medidas que os governos estão adotando devem aliviar a tensão nas próximas semanas.

Efeito "manada". O que é isto?

O comentário geral do dia foi o tal efeito manada nas bolsas de valores, principalmente aqui no Brasil. Afinal o que é isto?

O nome já diz tudo, quando todos vão para o mesmo lugar no estilo "se você vai, eu vou". Isto acontece quando o investidor não está disposto a pagar custos de informação e, alheios às fontes ou ao que elas significam, limitam-se a observar as referências do mercado e segui-las.

Daí, se as bolsas caem nos outros mercados, aqui também acaba caindo. O problema sempre está nas bolsas asiáticas, que, por funcionarem enquanto dormimos, não se sabe se elas são influenciadas pelos nossos resultados ou se nós é que somos influenciados pelo resultados delas durante a noite.

A verdade é que a tal crise financeira, ao mer ver, está ainda sem luz no final do túnel, pois ninguém ainda sabe o tamanho real do buraco negro em que o mercado está metido.

Ao investidor de longo prazo, minha recomendação é manter a calma. Vender ações neste momento é mancada, pois apesar do valor da ação no mercado ter caido muito, existem empresas boas e que distribuem bons dividendos. Se seu papel é de uma dessas empresas e se liquidez não é seu problema, não venda agora e aguarde ventos melhores, que certamente virão. Quando?´Esta ainda é a grande questão.

Sucesso!

E por falar em crise...

Diante da crise atual nos mercados financeiros em todo o mundo, tem gente perguntando o que fazer neste momento. Na verdade, já postei aqui há alguns dias atrás dizendo que minha opinião serve para aqueles que são investidores de longo prazo e não especuladores.

Estes investidores devem manter a calma e aguardar, pois ao vender seus ativos neste momento, certamente pederiam muito dinheiro em função das turbulências do mercado. Assim, o melhor é aguardar que logo virá a bonança.

Para o investidor de longo prazo e que deverá manter seus investimentos em ações, estou adicionando neste blog uma nova seção. Trata-se de vídeos com entrevistas do InfoMoney que podem ajudar na formação de opinião e na tomada de decisão a respeito do que fazer com os investimentos no mercado financeiro. Para encontrar a seção, por favor, veja no menu à direita, ao final com o título "vídeos do infomoney".

Espero que aproveitem!

Como enfrentar uma crise financeira (cont.)

Seguindo o tema iniciado dia 11, passo agora o quarto ponto importante para sair de uma crise financeira:

• Elabore o fluxo de caixa - O fluxo de caixa nada mais é que relacionar ingressos e desembolsos de dinheiro. Os ingressos são provenientes de rendas como salários, pro-labore, dividendos, aluguéis, juros e qualquer outro tipo de renda que gere ingresso de dinheiro em seu bolso ou conta bancária. Os desembolsos, por sua vez, são todos os pagamentos que fazemos todos os meses, como alugueis (ou prestação do financiamento imobiliário), água, luz, telefone, supermercados, educação, vestuário, saúde, transporte, etc.

O resultado que se espera deste fluxo de caixa é que ele seja positivo, isto é, que os ingressos sejam superiores aos desembolsos para poder planejar como quitar as dívidas. Se o fluxo de caixa continua negativo, retorne ao item anterior, pois sem fazer com que o fluxo seja positivo não há como sair da crise financeira.

Com o saldo positivo, tente confrontar com as dívidas segundo o levantamento que você fez no segundo passo. Aqui há necessidade de planejar bem, dando prioridade às dívidas com juros mais elevados. Tente fazer um cronograma de pagamentos com base no valor do fluxo de caixa. Se tiver alguma dificuldade, mande uma mensagem para ciro@aimbire.adm.br que tentarei ajudá-lo nesta tarefa.

Mais adiante, seguiremos com nosso plano para sair da crise financeira.

A crise ainda não terminou

Embora a BOVESPA tenha tido uma pequena alta nesta terça-feira (1,68%), penso que a crise ainda não terminou e que ela poderá continuar declinando por mais algum tempo. Alguns especialistas dizem que ela poderá chegar a 45.000 pontos. Penso que a alta desta terça-feira é normal em função de alguns investidores que aproveitaram para comprar papéis que estavam com preços baixos pela queda da segunda-feira.

Não sou especialista em bolsa e, por isso, fico longe de arriscar algum palpite. No início do ano havia uma previsão de especialistas que o IBOVESPA fecharia o ano acima dos 80.000 pontos. Vejam como estamos...

Contudo, para o investidor pequeno e que não é especulador, digo que não é momento para sair da bolsa, desde que ele leve em consideração três premissas importantes:

1. A primeira é que o pequeno investidor em ações deve pensar sempre em longo prazo. Aplicar em papéis deste tipo no curto prazo é problema na certa, pois em momentos como o que estamos passando, falta a velha liquidez, já que se precisar fazer caixa, terei que vender por um preço muito baixo. Assim, acredito que a BOVESPA se recupera quando passar a crise. No momento é difícil dizer por quanto tempo ainda viveremos esta crise, mas acredito que ela passará;


2. O segundo ponto é que o valor das ações podem estar em baixa, mas muitas empresas brasileiras seguem "muito bem, obrigado" e com resultados excelentes em termos de distribuição de dividendos. Ou seja, são empresas rentáveis e que, apesar da crise, apresentam bons resultados nas suas demonstrações contábeis. Isto significa que nem tudo é perda para este tipo de investidor que poderá recuperar o valor da ação se pensar no longo prazo e, enquanto isso, receberá pela distribuição dos lucros das empresas;


3. O terceiro é não se desesperar ao ver o valor de suas ações perdendo o valor. A calma e a paciência são virtudes que devem ser cultivadas com carinho nessas horas.

Desejo sucesso a todos!

10 dicas para juntar dinheiro

A Revista Você S/A publicou na última edição uma matéria com o título acima. Embora minha opinião não seja a mesma em algumas dicas (posteriormente comentarei a respeito de cada uma), vale a pena conferir o texto no link abaixo:

http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0123/aberto/materia/mt_300911.shtml

Aproveite!

Como enfrentar uma crise financeira

Ao enfrentar uma crise financeira é preciso ter cautela, embora seja difícil ter uma atitide passiva quando se vê o saldo devedor crescer. A cautela é necessária porque decisões erradas podem levar a pessoa a se endividar ainda mais.

Para sair da crise financeira, algumas decisões são importantes:

1. Pare de tomar dinheiro emprestado - O primeiro passo a fazer é estancar o problema. É difícil tomar uma decisão dessas quando se vê os credores batendo à sua porta e pressionando para receber seus créditos. Contudo, ir tomando dinheiro a cada necessidade só aumenta a crise. A melhor atitude é assumir a crise e informar aos credores a dificuldade. Peça um tempo para ajustar suas contas. Todo credor tem interesse em receber seus haveres e ficará mais fácil renegociar e receber que perder um cliente e seu dinheiro. Contudo, se o seu credor for um carrasco e quiser lhe "tirar o couro", procure a ajuda de um advogado para fazer com que seus direitos, previstos no Art 42 do Código do Consumidor, sejam respeitados.


2. Faça um levantamento das contas - Levante tudo o que deve e monte uma planilha. Nas linhas você relaciona as dívidas e nas colunas os meses de pagamento, incluindo na primeira coluna as vencidas, na segunda coluna as contas do mês presente e nas colunas subsequentes os meses futuros. Veja qual o valor dos seus compromissos mensais em relação à sua renda.


3. Faça seu orçamento - Só há um meio de liquidar dívidas: gastar menos do que se ganha e utilizar a sobra. Para isso há necessidade de ajustes no orçamento mensal, cortando supérfluos. Se você realmente quer sair desta situação, sua vida tem que mudar radicalmente. Mudança radical pode implicar em cortar despesas como telefone celular, TV a cabo, salão de beleza, almoço fora e mais uma porção de coisas que nos ajudam no processo de endividamento. Comece pelos gastos pessoais, cuidando para não se firmar em um estilo de vida que não conseque manter. Mudança radical implica em vender o carro e andar de ônibus por uns tempos para estancar os juros das contas vencidas.

Por hora deixo você pensando nas dicas acima e revendo seu orçamento. Mais adiante postarei mais algumas dicas neste sentido.

Iniciando o blog Dica de Finanças

Há tempo que penso em ter um blog. Contudo, o tempo vai passando e a gente vai priorizando outras coisas e acaba deixando coisas importantes de lado.

Minha idéia com este blog é dar dicas na área financeira para as pessoas em geral. Nas minhas aulas de finanças tenho notado que as pessoas tem muita dificuldade em lidar com as suas contas pessoais e, normalmente, a falta de educação financeira os leva a viver em constantes dificuldades.

Assim, pretendo deixar aqui algumas dicas para as nossas finanças do dia-a-dia e espero que possa ser-lhe útil.