domingo, 23 de agosto de 2009

Caderneta de Poupança


Faz tempo que não posto nada por aqui. O tempo anda curto. Mas tenho sido questionado a respeito das mudanças que devem acontecer na Caderneta de Poupança e o que fazer com os investimentos.

Como sempre, nosso presidente, Sr. Luiz da Silva, se precipitou quando anunciou as alterações na Caderneta de Poupança. Logo no primeiro mês houve um crescimento negativo, mas já se recuperou e passou a ser a melhor alternativa para quem tem poucos recursos para um prazo curto e que tem aversão ao risco.

Ocorre que a forma mais popular e mais tradicional de investimento no Brasil tem que mudar, já que à medida que a taxa de juros vai baixando para níveis mas adequados as padrões internacionais, não podemos ficar com uma alternativa de investimento que tenha taxa fixa de 6% a.a. mais a TR. Isto, certamente, é um atrativo para esta modalidade de investivento, mas cabe ao governo manter o equilíbrio da poupança nacional e não deixar canalizar toda ela para apenas uma alternativa que, basicamente, aplica seus recursos em crédito imobiliário.

Mantendo a Caderneta de Poupança nos níveis atuais, desestimulará a canalização de recursos para os CDB's, fundos de renda fixa, etc. já que normalmente estão atrelados à SELIC/CDI que vem caindo a cada reunião do COPOM. Daí a necessidade de alteração nas regras básicas, principalmente na taxa de juros.

Cabe lembrar que a Caderneta d Poupança já foi uma grande alternativa de investimento na época da inflação alta e já teve suas quedas em função da rentabilidade fixa que ficou bem menor quando o Governo aumentou a SELIC para combater a alta da inflação. Atualmente estamos vivendo um momento de SELIC baixa o que incentiva o pequeno (e médio também) investidor a manter seus recursos investidos nesta modalidade.

Algumas considerações importantes a respeito da Caderneta de Poupança: em primeiro lugar, deve-se levar em considerção que a rentabilidade da Caderneta de Poupança em 2007 foi de 7,70% a.a. e em 2008 de 7,90% a.a. e que em 2009 já acumulou 4,75%, o que não é tão mal comparado com alguns fundos de investimento destinado a pequenos investidores; em segundo lugar, não tem incidência de Imposto de Renda (para pessoa física e entidades sem fins lucrativos); em terceiro lugar, não tem Taxa de Administração que em alguns bancos chegam a cobrar 5% a.a.; finalmente, o risco é baixíssimo, já quem tem um fundo garantidor do governo para aplicações até R$ 60.000,00.

A dica para pequenos investidores, portanto, é manter seus investimentos na Caderneta de Poupança como alternativa, porém ficar atendo às mudanças que o Governo deverá promover em breve para ver até que ponto ela atinge seu investimento.
Da minha parte vou tentar manter o leitor informado a respeito desta e de outras modalidades de investimento de interesse geral. Boa semana!

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